terça-feira, 18 de novembro de 2008

Dia da Consciência Negra

“Cearenses, cruzados da Glória,
Nossa terra está livre de escravos!
Hoje abriu-se ao escopro da História
O padrão deste povo de bravos.
(Antonio Dias Martins)

Ao iniciar este relato, gostaria de lembrar que os intensos movimentos abolicionistas na Brasil, ganharam força em 1883 com a libertação dos escravos em várias cidades do Ceará. A partir daí, muitos foram os esforços para reduzir a escravidão e principalmente o preconceito racial que por baixo dos panos ainda nos aflige de maneira impiedosa. A desigualdade social, a marginalidade, a falta de voz e vez das dos menos favorecidos nos tem tirado a paz e a harmonia social.
É importante que se ressalte a que as grandes mobilizações sociais e a própria Lei Nº 10.639/03 que regulariza e torna obrigatório o ensino das afro-brasilidades nas escolas públicas nacionais, não surtiria nenhum efeito se também não houvesse um empenho muito grande de todos para fazer o processo acontecer.
Não omissa a esse grito de justiça dos menos favorecidos, a EEFM José Teixeira de Albuquerque, situada em Jijoca de jericoacoara –CE, pertencente a jurisdição da 3ª CREDE, vem desenvolvendo ações relacionadas a difusão e valorização da cultura Afor-Descedente desde o ano de 2006, quebrando diversos tabus e paradigmas. Basta ver pelos valores cultivados entre nossa clientela o grande compromisso com o ser, o respeito pelo individuo, igualdade e transparência.
Tudo começou no dia 20 de novembro de 2006 (Dia da Consciência Negra) com a incorporação da causa pelos alunos que cursavam a 2ª série A, turno Tarde. Na ocasião, foram apresentadas várias dramatizações, tanto em sala como nos corredores da escola, exposição de cartazes, faixas, construção de maquetes e até preparação de comidas típicas para melhor apresentação dos cenários temáticos.
Neste ano de 2008, estamos mais atentos e fortalecidos no que diz respeito a esses trabalhos, mostrando pro nosso aluno e pra comunidade em geral a importância da raça e da cultura negra desse nosso Brasil. A realização de formação para os professores realizada pela 3ª CREDE na pessoa da pessoa Erlane foi um diferencial nos rumos da nossa prática, a elaboração de apostilhas, dramatizações, debates, a personalização das proteções de tela dos nossos computadores, a inclusão de atividades na nossa proposta curricular em todos as disciplinas refletem a valorização e difusão dessa cultura que durante tanto tempo teve sua voz sufocada.



Xô Racismo!

Um comentário:

Ana Eliza disse...

Olá Rodrigo. Foi bem lembrado sua postagem sobre a consciência negra,pois, o assunto requer um reconhecimento maior. Nossa escola não está de fora dessa abordagem, inclusive precisamos montar o portifole de nossos trabalhos.